RECKZIEGEL, Juliana Cristina Lessmann.
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Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEN UFSC)
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2024
Objetivos:
Compreender a resiliência como constructo teórico para a qualificação do cuidado em enfermagem e saúde e para a ampliação da adesão ao tratamento do diabetes mellitus em mulheres atendidas na atenção básica de Florianópolis.
Técnicas de Coleta de Dados:
Não há menção direta aos conceitos, mas são perceptíveis no estudo
Técnicas de Análise de Dados:
Quanti – estatística descritiva e inferencial com o SestatNet®. Quali – software ATLAS.ti 7.1®, seguiu os pressupostos da PCA e da análise de conteúdo dirigida. Foram realizadas avaliações do conteúdo da pesquisa considerando os conhecimentos sobre resiliência, gênero e diabetes. A apreensão ocorreu com a leitura textual atenta e exaustiva, sendo que a síntese e a teorização operacionalizaram-se por meio da codificação linha por linha, seguida da aglutinação de códigos afins, elaboração de pré-categorias, subcategorias e categorias.
Principais Resultados da Prática:
Construção de conhecimentos, reflexões sobre histórias de vida, relações interpessoais e familiares, exposição de medos, dificuldades e fragilidades visando à elaboração de novas estratégias para lidar com a condição de vida e de saúde. Revelar-se em um grupo de convivência mobiliza a rede de apoio. As mudanças ocorriam internamente, quando as mulheres compreendiam melhor sua condição de vida e saúde, passando a ter maiores habilidades para o manejo de problemas e para a busca por resoluções. Mudanças relevantes ocorreram quando conseguiram ressignificar os eventos negativos de suas vidas. A reelaboração de representações promovia o alívio dos sentimentos de mudança positiva. Despertou qualidades e potencialidades adormecidas em cada uma. Ao final, declararam-se mais fortes, ativas, gostando mais de si e estando mais dispostas para aderir ao plano alimentar, à monitorização da glicemia e à prática de atividade física. Passando de uma posição passiva para uma posição mais ativa e dinâmica, capaz de cuidar melhor de si e do DM, além de manter relações mais compreensivas com seus familiares. Todos esses atributos emergiram da capacidade de suportar, de adaptar-se e conviver de forma harmônica, desenvolvida frente às situações de adversidade e/ou estresse, ou seja, advinham da maior resiliência promovida ao longo das atividades de grupo.
Principais Resultados da Pesquisa:
Quanti: baixa adesão ao tratamento, porém as mulheres com maiores escores de resiliência apresentaram menor estresse, aderiram melhor à prática de exercício físico e apresentaram maior assiduidade na realização do plano alimentar. Quali: fatores de proteção fortalecem a resiliência e a adesão ao tratamento por ampliar o cuidado de si e a manutenção da vida social ativa. Ao contrário, os fatores de risco, como discriminação e violência de gênero têm repercussões negativas na adesão ao tratamento. O grupo de convivência possibilitou o aflorar de sentimentos positivos individuais e sobre a família, a compreensão do processo de saúde-doença, a autonomia, o desenvolvimento de habilidades de cuidado de si e do diabetes.
Participantes:
Mulheres com diabetes
Local da coleta de dados:
Centro de Saúde da cidade de Florianópolis (quali) (Córrego Grande)
Localidade: Florianópolis e SC
Periódico:
Fonte dos dados:
Endereço Eletrônico: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/129041